terça-feira, 22 de junho de 2010

PSP reforça uso de gás pimenta

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Governo Civil prossegue estratégia de melhoria das condições de intervenção das forças de segurança O Governo Civil de Lisboa reforçou os equipamentos de intervenção à disposição da PSP, com a entrega de 500 dispositivos de gás pimenta para serem utilizados em situações de reposição da segurança e ordem pública. Simbolicamente, a entrega dos primeiros aparelhos difusores, a uma Equipa de Intervenção Rápida, decorreu nas instalações da Divisão de Sintra, em Rio de Mouro, por se tratar da estrutura com mais ocorrências no quadro do Comando Metropolitano (COMETLIS) da PSP. Esta entrega de dispositivos de gás pimenta, efectuada pelo governador civil de Lisboa, António Galamba, na passada semana, insere-se na melhoria de condições de intervenção das forças de segurança, que se iniciou com a entrega de 53 viaturas (42 automóveis e 11 motociclos) à PSP e 45 (28 automóveis e 17 motociclos) à GNR, mais tarde complementado com a disponibilização de capacetes à Divisão de Trânsito da PSP. O material agora entregue vai revelar-se da maior importância para os efectivos policiais, “por se tratar de equipamentos de uso de força menos letal”, explicou ao JR o intendente Azevedo Ramos, 2.º comandante do COMETLIS. “Com este dispositivo, pretendemos que não haja uma escalada do uso de força, cada vez que um cidadão tenha uma reacção mais agressiva”, sublinha este responsável, que deu conta que este meio “evitará o recurso ao bastão policial ou mesmo a uma ‘taser’ (arma eléctrica) ou a uma arma de fogo”. À medida que os dispositivos de gás pimenta forem disponibilizados, a distribuição será efectuada pelas Equipas de Intervenção Rápida e, posteriormente, pelas viaturas de carro-patrulha. “Serão distribuídos pelas divisões em função das necessidades e do número de efectivos que vão estar na rua”, pormenoriza o intendente Azevedo Ramos. Mas, apesar do reforço de meios de intervenção, o 2.º comandante do COMETLIS desvalorizou as notícias que dão como certo que o Verão potencia o aumento de crimes violentos nos centros urbanos, até pela diminuição de agentes policiais (por via de gozo de férias) e, por outro lado, a sua deslocalização para as zonas balneares. Segundo este responsável, mesmo com esses factores, que podem levar à diminuição de efectivos nos centros urbanos, a PSP efectua sempre uma avaliação das "zonas mais propícias à ocorrência de crimes, e dos horários em que ocorrem, no sentido de minimizar essas ocorrências", com particular atenção "aos eixos de deslocação das pessoas, como os terminais rodoferroviários e afins". Para Azevedo Ramos, também com o fim do ano lectivo, e a pausa na actividade do Programa Escola Segura, há possibilidade de desviar agentes para outras acções de patrulhamento. O responsável operacional assegura, assim, que quem vive nos grandes centros urbanos não tem motivos para se preocupar com a chegada do Verão. Mas, antes de irem de férias, os cidadãos também devem adoptar cuidados de segurança, "nomeadamente aqueles que são divulgados, através da Direcção Nacional da PSP, e darem-nos conhecimento de que se vão ausentar, motivando, da nossa parte, uma atenção especial com realização de visitas assíduas e verificando se tudo está em segurança". Para concretizar esta vigilância, são necessários efectivos que, num concelho com cerca de 450mil habitantes, são sempre escassos para as ‘encomendas’. Actualmente, a Divisão de Sintra tem 538 efectivos, como sublinhou o seu comandante, o subintendente Hugo Palma, durante uma breve apresentação da estrutura policial a António Galamba e a Fernando Seara. O presidente do município, perante a constatação do número de agentes em serviço, logo corrigiu que se "trata do número de efectivos que existe, mas não o número de efectivos que devia existir". Um reparo que o 2.º comandante do COMETLIS admite como justo, mas advertindo que, na região de Lisboa, a PSP tem a seu cargo a segurança de dois milhões de pessoas. "Aquilo que tentamos sempre fazer é adequar o número de elementos policiais que estão, em determinada altura e em determinada divisão, às necessidades reais dessa divisão", acentua Azevedo Ramos, enunciando ainda a predisposição de Equipas de Intervenção Rápida, que não sendo de Sintra, podem actuar no concelho de Sintra.

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