quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTOS Águas de Cascais investe na renovação das redes

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Empresa vai investir, em três anos, cerca de 48 milhões de euros na melhoria de infra-estruturas com mais de 20 anos Durante três anos, a Águas de Cascais (AdC) vai investir 47,9 milhões de euros, dos quais 40,1 milhões estão garantidos por financiamento bancário, para melhorar as condições de abastecimento de água no concelho, combater a poluição das linhas de água (ribeiras) e praias do concelho, bem como assegurar a qualidade da água. Com a concessão até 2030, a AdC, responsável por dois mil quilómetros de rede de água (distância de Cascais a Paris, aproximadamente), deu início na passada segunda-feira a uma intervenção que irá decorrer de forma faseada um pouco por todo o concelho e que visa “a renovação de algumas redes com mais de 20 anos” disse ao JR a administradora executiva da AdC. Sophie Lemazurier justificou a aposta numa intervenção de fundo: “Temos de ir investindo para que toda a população do concelho seja servida e, como tal, há que renovar as redes para evitar rupturas e falhas no abastecimento de água”. “Depois de terem sido feitos investimentos na ordem dos 1,7 milhões de euros em 2009, 2,8 milhões em 2010, só este ano vão ser aplicados 13 milhões de euros”, explicou a responsável. Já foram identificadas, entre outros problemas, redes envelhecidas, não separativas (das redes pluviais com as redes de águas residuais domésticas), ligações clandestinas e descargas ilegais para a rede pluvial. O investimento deste ano será, assim, aplicado na remodelação e ampliação das redes existentes, na melhoria e ampliação da rede de abastecimento, bem como na separação das redes pluviais das residuais e outras inspecções. “Na baixa de Cascais há redes que nunca foram mudadas. As redes residuais domésticas misturam-se com as pluviais. Um problema de fundo que já foi identificado”, frisou Sophie Lemazurier. Dois milhões de euros na Baixa de Cascais No primeiro semestre serão investidos dois milhões de euros na baixa de Cascais (em cinco locais distintos) e na Estrada Nacional 6 e Avenida Marginal (Parede/Carcavelos). Estas intervenções recaem sobre as águas residuais domésticas e têm como objectivo “a despoluição das linhas de água locais (Ribeira das Vinhas) e das praias desta orla costeira”, avançou a responsável. No centro da vila, as zonas que serão alvo de obras serão a Rua Manuel Joaquim Avelar/ /Rua D. Francisco Avilez/Rua Padre Maria Loureiro. Será feita uma remodelação da rede de águas residuais domésticas e pluviais. A obra terá a duração de 90 dias e contempla a interrupção total da circulação, com acesso apenas para moradores e veículos de emergência e com o estacionamento condicionado. No passeio da Alameda dos Combatentes/Rua Visconde da Luz, será feita uma remodelação da rede de águas residuais domésticas, que terá a duração de 60 dias e o condicionamento da circulação pedonal. Na Avenida D. Pedro I será remodelada a rede de águas residuais domésticas. A intervenção terá a duração de 45 dias e vai ocupar uma faixa de rodagem e provocará acesso condicionado na zona do mercado. Serão ainda intervencionados o Largo das Grutas e a Avenida 25 de Abril. Na Parede e em Carcavelos, Sophie Lemazurier revela que será concretizada “uma obra de dois quilómetros ao longo da Vila da Parede. Os trabalhos serão executados no período compreendido entre as 9h00 e as 16h00 para não complicar muito com o trânsito. Todavia, como o colector está no passeio, vamos ter a necessidade de inutilizar uma das vias de circulação”. Reforço do abastecimento de água Ainda este ano será alargada a rede de abastecimento de água no Bairro de S. Miguel das Encostas. “Esta é uma zona problemática que vai ter uma intervenção profunda. Depois dos trabalhos vai deixar de haver problemas”, garantiu Sophie Lemazurier. No Vale de Santa Rita, no Estoril, serão feitas intervenções na rede de águas residuais domésticas e de abastecimento de água. “Trata-se da continuação dos trabalhos executados nas avenidas Dinamarca, Holanda, França e no Forte da Cadaveira, que demonstram que o Estoril já foi intervencionado e está a funcionar bem”, sublinhou a responsável. Na Malveira da Serra, em pleno Parque Natural, vai ser construída uma Estação Elevatória. “Com este equipamento vamos reforçar o abastecimento de água naquela região que é muito importante para nós porque tem grandes consumidores. É uma obra que teve o seu início no ano passado, mas que esperemos que entre em funcionamento este ano”. A rede de abastecimento de água às zonas da Figueira do Guincho e Biscaia também será reforçada, explicou a administradora das AdC. “Essa operação será feita através de uma conduta. Estas são zonas que sofreram um acréscimo populacional e vamos buscar água ao concelho de Sintra”. Em Manique, será construído um reservatório “porque como a população nesta região cresceu, vamos ter de reforçar o abastecimento”. Nos dois anos seguintes, “estimamos fazer obras diversas no âmbito do restante financiamento, como vai acontecer na Ribeira das Vinhas, na Ribeira do Cabreiro, da Parede, Pisão, Ribeira dos Mochos, Charneca (onde será construída uma estação elevatória) e em Almoinhas Velhas”, adiantou ainda Sophie Lemazurier.

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