quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Reforço nos cuidados continuados

Ver edição completa Amigos do HGO criam mais 60 camas em Almada Daqui por dez meses, o concelho Almada vai contar com uma segunda Unidade de Cuidados Integrados Continuados. Trata-se de um equipamento promovido pela Liga de Amigos do Hospital Garcia de Orta (LAHGO), com 60 camas, que irá reforçar a rede de saúde da Área Metropolitana de Lisboa onde existe “grande carência em apoios de cuidados continuados”, afirma a ministra da Saúde, Ana Jorge, que esteve presente no acto de lançamento da primeira pedra da construção desta unidade. Este equipamento, no Laranjeiro, terá ainda 60 camas na valência de lar para a terceira idade e para além de servir a população de Almada irá “receber utentes dos concelhos limítrofes e de outros locais”, referiu Ana Jorge. A ministra vê nesta unidade uma ajuda na resposta do Hospital Garcia de Orta (HGO), que serve actualmente cerca de 400 mil habitantes. “Muitas vezes as pessoas não precisam de permanecer num hospital de agudos, podendo recuperar em unidades desta natureza”. Para além de libertar camas no HGO, contribuindo assim para a redução do tempo de espera para cirurgias, esta unidade permite reduzir os custos do Estado na saúde. Diz Fernando Neves, presidente da LAHGO, que “um doente no hospital custa 325 euros por dia, enquanto numa unidade como esta custa 75 euros por dia”. Por isso, a ministra admite que estes equipamentos “são melhores para as pessoas e ajudam na gestão em saúde”. Representando um investimento de 10 milhões de euros, a Unidade de Cuidados Integrados Continuados da LAHGO foi comparticipada em 750 mil euros pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo através do programa Modelar 2, que envolve os ministérios da Saúde e do Trabalho e Solidariedade Social. Por sua vez, a Câmara de Almada comparticipou com a doação do terreno, valorizado em 2 milhões de euros, e mais 250 mil euros. “Sem dúvida que a autarquia comparticipou mais que o Estado”, afirma Fernando Neves, lamentando as dificuldades financeiras que levaram a que este projecto demorasse quase 15 anos até chegar ao terreno. “A dificuldade de financiamento obrigou o projecto a parar quatro anos”, diz o presidente da LAHGO. É que a banca não reconhecia viabilidade à Liga para assegurar resposta ao empréstimo, uma vez que estas instituições podem ser extintas facilmente. “A banca exigiu que alguém garantisse o empréstimo caso a associação fosse extinta”. E o processo só andou quando Fernando Neves aceitou ser “o avalista do financiamento”, em “substituição das entidades oficiais”. E acrescenta: “Não devia ter sido eu. O Estado e o hospital são os grandes beneficiados com a resolução de problemas que esta unidade permite”. Também a presidente da Câmara de Almada alegou que o Estado “tem obrigação de acompanhar de perto os projectos do movimento associativo”, tal como a Câmara de Almada “fez o que devia ter sido feito”. Contudo, Maria Emília de Sousa reconheceu que com a Ministra da Saúde “o acompanhamento tem sido fácil”. E no final da cerimónia a edil aproveitou para relembrar Ana Jorge do que ainda precisa de ser feito no concelho em saúde. Sem revelar por completo as palavras que trocou com a ministra, Maria Emília de Sousa admitiu ao Jornal da Região que falou com Ana Jorge sobre a necessidade de se construir o Centro de Saúde do Feijó que, para além de resolver carências nesta freguesia, resolve o problema do centro de saúde do Laranjeiro. Na breve troca de palavras, a edil abordou ainda a construção da Casa dos Pescadores na Costa da Caparica.

1 comentário:

Anónimo disse...

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