quarta-feira, 15 de junho de 2011

CRIL Apontadas irregularidades

Ver edição completa
Moradores de Santa Cruz e da Damaia acusam Provedoria de Justiça A Comissão de Moradores de Santa Cruz de Benfica e da Damaia acusou a Provedoria de Justiça de não defender os direitos dos cidadãos face às denúncias de alegadas ilegalidades na construção do último troço da CRIL, Buraca-Pontinha. Em comunicado, a comissão de moradores critica o que diz ser o “apadrinhamento” do fecho da CRIL (Circular Regional Interior de Lisboa) pela Provedoria de Justiça, “em total contradição com todos os pareceres técnicos das comissões de avaliação”. O documento refere que todas as comissões de avaliação emitiram pareceres negativos, por considerarem que o projecto apresentava “graves impactes ao nível do ambiente, da socioeconomia local e na qualidade de vida das populações”. Recorda ainda que a comissão de moradores já tinha apresentado uma queixa à Provedoria de Justiça em 2009, onde denunciava diversos factos que constituíam uma alegada “violação da lei e do interesse público”. Em carta dirigida à Provedoria de Justiça, o representante da Comissão de Moradores de Santa Cruz de Benfica e da Damaia, Jorge Alves, defende que, perante as queixas apresentadas pelos cidadãos, "a Provedoria não se deveria ter limitado a ouvir o dono da obra, Estradas de Portugal, e as câmaras municipais (Lisboa, Amadora e Odivelas), mas também as Comissões Técnicas que fizeram os estudos de Impacte Ambiental”. “Se a Provedoria de Justiça assim o tivesse feito, teria verificado que todos os pareceres técnicos foram ‘não favoráveis’”, refere a missiva. Em declarações à Lusa, Jorge Alves lembrou que a comissão de moradores sempre defendeu outras alternativas de percurso, que foram inviabilizadas pela Câmara da Amadora “para preservar os terrenos para onde está prevista a futura urbanização da Falagueira”. “Agora que a obra está concluída, é fácil de demonstrar que o projecto executado não corresponde sequer ao que foi anunciado e divulgado o ano passado, através de um vídeo da empresa Estradas de Portugal”, disse. Jorge Alves manifestou ainda a esperança de que a justiça comece a funcionar de forma mais eficaz, para que os processos relacionadas com suspeitas de corrupção na construção do troço da CRIL entre Buraca e a Pontinha – que diz estarem na gaveta da Polícia Judiciária há cerca de dois anos – cheguem, finalmente, aos tribunais.

Sem comentários: