quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Alunos da Gonçalves Zarco arriscam nos acessos à escola

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Falta de bermas e lombas na Rua João Chagas Parte dos alunos da Escola 2,3 João Gonçalves Zarco, situada na Rua Quirino da Fonseca, na confluência das freguesias da Cruz Quebrada-Dafundo (em que está inserida), Algés e Linda-a-Velha, têm a sua segurança em risco na deslocação, a pé, de e para aquele estabelecimento de ensino. O presidente do conselho executivo da Associação de Pais e Encarregados de Educação do Agrupamento de Escolas Zarco (APEZARCO), João Cortes de Matos, sublinhou ao JR que há cerca de três anos vem apelando à colocação de lombas e/ou uma passadeira sobreelevada no local da Rua João Chagas (vulgo Estrada da Junça, via principal que passa junto à escola) em que muitos alunos atravessam para alcançarem a paragem de autocarro ali existente. Actualmente, apenas têm ao seu dispor uma passadeira com semáforos de activação voluntária. Adicionalmente, afastado algumas dezenas de metros para o lado de Linda-a-Velha, há, ainda, um dispositivo semafórico que faz cair a luz vermelha em caso de excesso de velocidade. No entanto, o mesmo “tem-se revelado manifestamente insuficiente pois tem havido inúmeros relatos de incidentes com condutores que não respeitam o limite de velocidade porque já sabem que não se destina a assinalar nenhum cruzamento, mas apenas uma passadeira, além de que a recta com boa visibilidade convida a ignorar o sinal vermelho”. Tal situação, segundo o presidente da APEZARCO, tem representado “perigo mortal para quem tem de atravessar essa rua”. Isso mesmo, de resto, terá sido reconhecido pela Câmara de Oeiras, que chegou a enviar, no início de 2010, um ofício dirigido ao Agrupamento de Escolas Zarco (com conhecimento à respectiva associação de pais) anunciando a intenção de corresponder aos pedidos formulados, colocando não uma, mas sim “duas lombas redutoras de velocidade no acesso à escola, concretamente entre a Rua Quirino da Fonseca e a Rua Duarte de Almeida, em Algés (uma das quais na passadeira semaforizada), complementadas por sinalização horizontal e vertical adequada”. Todavia, faz notar João Cortes de Matos, “o aval da CMO, por oficio, até à data, não foi além dissomesmo”, pois “nada mais se passou…”. O JR submeteu a situação a análise da vereadora daMobilidade da Câmara, Madalena Castro, que manifestou estranheza quanto ao teor do referido ofício – assinado pela directora municipal de Desenvolvimento Social e Cultural. “O que está previsto é a instalação de semáforos para serem accionados carregando no respectivo botão”, adiantou, traçando, afinal, o retrato do que já existe no local em causa... Quanto à opção de uma passadeira sobreelevada, aquela responsável esclareceu que “evitamos ao máximo colocar esse tipo de mecanismos no pavimento nas vias onde passam autocarros e veículos de emergência”. Por seu turno, a directora da Escola2,3 Gonçalves Zarco, Natércia Tavares, começou por lamentar o facto de a direcção do estabelecimento de ensino não ter sido contactada sobre este assunto. Embora reconhecendo que há riscos na zona de atravessamento mencionada em resposta aos quais as prometidas lombas fariam falta, aquela responsável não deixou de adiantar que “em 15 anos que aqui estou houve um miúdo que levou um toque na passadeira, mas nada de grave”. Bem mais preocupante, aponta Natércia Tavares, é a Rua João Chagas quando esta artéria começa a descer em direcção ao Parque Anjos, centro de Algés. “Aí é que é um perigo enorme, com os autocarros da Vimeca em velocidades loucas por aí abaixo e os miúdos num palmo de passeio, às vezes, nem isso há e têm de ir para a estrada, devem ter protecção divina para ainda não ter acontecido nada!...”, faz notar a directora, concluindo. “Os acessos à escola não foram bem pensados e precisavam, de facto, de serem melhor pensados”.

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